Água que cai no chão
Água que voa em vão
Mente demente sem cara sem dente
Água que pinga...
que pinga ardendo...
Que mata o fígado que traz ferida
Água torneira
que cai na foz do nada
e o nada vira esgoto nu
Escorre em atos
Na tua boca e a desperdiça feito mosca
Seco molha,vento encharca
Água enferma fermentada
Tempestade a noite já raiou
Noite seca, frio deságua
Brota a terra abençoada
Silêncio!
O som da chuva faz calar o medo
Vem o vento, ventania
Vislumbrando agonia
Água morna, água pura
Anunciando fuga
Quanto menos se espera
um suspiro se escuta
Cara seca desdentada
implorando fartura
Quanto menos se espera
um suspiro se escuta
Cara seca desdentada
Implorando...
Letra e melodia: Camila Jatobá
Arranjos: João Almy
Camila e Djavan
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