quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Fartança

Água que cai no chão
Água que voa em vão                                 
Mente demente sem cara sem dente
Água que pinga...                 
que pinga ardendo...

Que mata o fígado que traz ferida

Água torneira
que cai na foz  do nada
e o nada vira esgoto nu
Escorre em atos

Na tua boca e a desperdiça feito mosca

Seco molha,vento encharca
Água enferma fermentada
Tempestade a noite já raiou
Noite seca, frio deságua
Brota a terra abençoada
Silêncio!

O som da chuva faz calar o medo

Vem o vento, ventania

Vislumbrando agonia
Água morna, água pura
Anunciando fuga
Quanto menos se espera
um suspiro se escuta
Cara seca desdentada
implorando fartura

Quanto menos se espera
um suspiro se escuta
Cara seca desdentada
Implorando...

Letra e melodia: Camila Jatobá
Arranjos: João Almy



Camila e Djavan

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